Laboratório de Biologia Imunitária George DosReis
Chefe do Laboratório: Marcela de Freitas Lopes
Programa Temático: Imunobiologia
Apresentação:
O Laboratório de Biologia Imunitária George DosReis (LBIGDR) foi renomeado em 2018 em homenagem ao seu fundador, o Professor Emérito George Alexandre DosReis. Nosso grupo tem gerado conhecimento sobre o papel da apoptose de linfócitos T na resposta imune a parasitas intracelulares, como o Trypanosoma cruzi que causa a doença de Chagas. Também investigamos o papel de linfócitos T e macrófagos na infecção por Leishmania major. Nós descrevemos a ocorrência da apoptose de linfócitos T na infecção pelo T. cruzi, primeira descrição de apoptose em uma doença parasitária, noticiada pela imprensa nacional (e internacional, New Scientist, 1995). Em 2000, nós mostramos que a fagocitose de células apoptóticas (eferocitose) por macrófagos potencializa a infecção pelo T. cruzi e estudamos os mecanismos moleculares envolvidos. O trabalho foi publicado na Nature e recebeu um prêmio internacional da Bayer (Marcela F. Lopes, Young Researcher Aspirin Award, 2000). A partir daí, investigamos os efeitos da inibição da apoptose na infecção pelo T. cruzi, usando inibidores farmacológicos ou camundongos deficientes em mecanismos da apoptose para identificar potenciais alvos terapêuticos. Também estudamos a cooperação entre células T CD8 e macrófagos infectados com o T. cruzi e bloqueamos a apoptose dos linfócitos usando o anticorpo anti-FasL. Enquanto a morte de células T CD8 promove a infecção dos macrófagos pelo parasita, o tratamento com anti-FasL aumenta os mecanismos microbicidas do macrófago e ajuda a controlar a infecção, promovendo uma transição do fenótipo M2 para M1. Atualmente estudamos o impacto da apoptose no fenótipo polifuncional de linfócitos T CD8 e os efeitos da eferocitose mediada por receptores TAM na imunidade ao T. cruzi. Em uma outra linha de pesquisa em Leishmaniose experimental, estudamos o papel dos monócitos imaturos e macrófagos de camundongos infectados com L. major. Neste caso, o tratamento com ácido trans-retinóico (ATRA) induz uma transição M1 para M2 no fenótipo dos macrófagos. Por outro lado, a citocina RANKL produzida por células T CD4 coopera com o IFN-γ para diferenciar macrófagos M2 em M1 e aumentar a imunidade ao parasita. A coordenadora do grupo é Pesquisadora 1 do CNPq.
Linhas de Pesquisa:
- Mecanismos de apoptose de linfócitos T na imunidade aos patógenos intracelulares.
- Eferocitose mediada por macrófagos via receptores TAM (Tyro, Axl, MerTK).
- Efeitos das interações com células T CD4 ou T CD8 nos fenótipos de macrófagos (M1/M2).
Principais técnicas/metodologias utilizadas:
Cultura de células (linfócitos T e macrófagos); purificação e diferenciação celular; cultura de parasitas; ELISA; microscopia óptica; citometria de fluxo.
Modelo/Organismo de estudo:
Linfócitos T; macrófagos; Trypanosoma cruzi; Leishmania major; modelos murinos de infecção.
Cinco publicações mais relevantes do laboratório:
Equipe
Docentes/Colaboradores:
Alessandra A. Filardy
Pós-Docs:
Natália S. Vellozo
Alunos de Doutorado:
Kamila Guimaraes Pinto
Thaís S. Rigoni
Contato telefônico: (21) 3938-6522